Quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Turma da Fazenda culpa Rui Costa por falas de Lula

Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) devem se reunir nesta semana para acertarem os ponteiros sobre o déficit nas contas públicas. O clima entre os dois é ruim porque ambos disputam a escolha de Lula para sua sucessão, em 2026. Assessores de Haddad atribuem a Costa culpa pelas falas desastradas de Lula, inclusive sobre déficit zero. O chefe da Casa Civil aposta no PAC para melhorar o desempenho do governo: após dez meses, nada entregou.

Briga por 2026
O ex-governador da Bahia e Fernando Haddad não se bicam porque ambos pretendem ser escolhidos por Lula para a sucessão, em 2026.

Fatura cobrada
Rui Costa tem um trunfo com Lula, o ministro abriu mão de disputar o Senado para dar a vaga a um aliado do presidente, Otto Alencar (PSD).

Privilégio baiano
Se Haddad tem os holofotes pela condução da economia, Rui Costa tem um privilégio único: falar ao pé do ouvido com Lula todos os dias.

Aposta no patrão
Queimado por quase todas as facções petistas, o chefe da Casa Civil investe em quem de fato definirá o seu candidato à própria sucessão.

Michelle tem três opções para tentar vaga no Senado
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem “campo aberto” para conquistar uma cadeira no Senado, em 2026, ao menos em três Estados. Ela lidera as intenções de voto no Paraná e Santa Catarina, conforme pesquisas já divulgadas, mas sempre resta a opção pelo Distrito Federal, onde nasceu na cidade Ceilândia. Mas, nesse caso, ela enfrentaria o líder absoluto nas intenções de voto ao Senado, Ibaneis Rocha (MDB), um dos governadores mais bem avaliados de toda a História do DF.

Números apoiam
Levantamento Paraná Pesquisa do final de outubro, por exemplo, aponta a ex-primeira-dama – de longe – como a predileta dos paranaenses.

Dúvida persiste
O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, parece ter outros planos para a atual presidente do PL Mulher. O Planalto é forte possibilidade.

Outra opção
A disputa pelas duas vagas para senadores de Roraima também está aberta a uma eventual candidatura de Michelle.

Tá feia a coisa
Bolsonaro comparou os R$54 bilhões de superávit em 2022 com os mais de R$50 bilhões de déficit em 2023, com Lula. Concluiu: “não tem como dar certo”. O ex-presidente ainda fez um alerta: o pior ainda está por vir.

DNA da GLO
É atribuído ao ministro Flávio Dino (Justiça) o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), aquele que Lula assinou após dizer na véspera que “jamais” o faria, mas o modelo é obra de José Múcio (Defesa).

Apenas coincidência?
Deputados do PL acham que não foi coincidência a nova condenação de Bolsonaro à inelegibilidade enquanto a justiça bolivariana anulava as prévias que aclamaram a candidata de oposição ao ditador venezuelano.

Boquinha da Moser
Enxotada do Ministério do Esporte de Lula, Ana Moser garantiu uma boquinha no governo. Foi nomeada por Carlos Lupi (Previdência Social) para compor o conselho fiscal do Sesc, na vaga destinada ao INSS.

Limites ao STF
Findo o prazo regimental de cinco sessões, há expectativa de ser votada esta semana, possivelmente na quarta (8), a PEC que estabelece limites na atuação de ministros do Supremo Tribunal Federal.

Rápida escalada
O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, que Lula bajula e passa pano, mandou a polícia congelar contas e até despejar do gabinete a presidente da Suprema Corte. É bom colocar as barbas de molho.

Censura
Concorrente do Youtube, o aplicativo Rumble suspendeu serviços na França, após o governo de lá determinar a exclusão de contas russas da plataforma. O app não aceitou, entrou com recurso, mas está fora do ar.

Fraude às antigas
A vice-presidente do Democratas foi flagrada em vídeo enfiando votos nas urnas antes das prévias da eleição municipal em Bridgeport, nos EUA. No fim, com mais votos do que eleitores, foi tudo anulado.

Pensando bem…
…de “posto Ipiranga”, o atual ministro da Fazenda não tem nem a propaganda.

 

PODER SEM PUDOR

Representatividade

Sambista, jornalista e simpático, Sérgio Cabral, pai do ex-governador do Rio de Janeiro, era vereador quando foi abordado em um restaurante: “E aí, ainda tem muito ladrão lá na Câmara?” Cabral lembrou com elegância que havia também vereadores dignos e dedicados e pôs fim ao papo de um jeito que o homem ficou sem saber se era elogio ou insulto: “Fique tranquilo: o senhor está muito bem representado…” Anos depois, seu filho era condenado a mais de quatrocentos anos de cadeia por ladroagem.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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