Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Valorização dos seminovos deve deixar o IPVA mais caro em 2022

As dores de cabeça dos motoristas pela recente disparada no preço dos combustíveis devem aumentar com a chegada de um IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores) mais robusto nos primeiros meses de 2022.

A percepção considera a valorização de 12,5% dos carros usados nos 12 meses finalizados em agosto, de acordo com dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A movimentação, guiada pela falta de insumos para a produção de carros 0 km, tende a refletir diretamente no bolso dos proprietários.

No Estado de São Paulo, a alíquota do IPVA equivale a 4% do valor venal dos veículos movidos à gasolina e bicombustíveis (flex). Já os donos de carros abastecidos exclusivamente álcool, eletricidade ou gás, ainda que combinados entre si, têm alíquota de 3%.

A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo afirma que ainda não é possível cravar que haverá um aumento do IPVA 2022. “A tabela de valores venais deverá ser finalizada em novembro e publicada em dezembro de 2021. Portanto, não há informações sobre alta ou baixa de valores de veículos”, afirma a pasta.

Com base em dados da tabela Fipe, referência do setor automotivo, mas que não é utilizada nos cálculos do governo de São Paulo, um automóvel modelo Chevrolet Onix Joy 1.0 8V Flex fabricado em 2019, o mais vendido dos últimos anos, ficou 34,4% mais caro nos últimos 12 meses, passando de R$ 36.231 para R$ R$ 48.692.

Pela tabela de preços venais de São Paulo utilizada para calcular o IPVA 2021, o mesmo veículo custava R$ 39.838 no fim do ano passado, o que resultou em um imposto no valor de 1.593,52 aos proprietários do modelo.

Se a valorização do governo acompanhar a verificada pela Fipe para o Onix, o veículo passará a ter uma cotação venal de R$ 53.538, o que resultará em um tributo de R$ 2.141,53, preço quase R$ 550 superior.

A eventual alta nos valores médios do IPVA a ser desembolsado pelos motoristas vai interromper a sequência de períodos de queda do imposto. Somente no ano passado, os pagamentos do imposto recuaram 6,8%, segundo cálculos da Secretaria da Fazenda.

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