Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 6 de janeiro de 2025
O governo da Venezuela anunciou a ruptura das relações diplomáticas com o Paraguai após o presidente Santiago Peña reafirmar que reconhece o opositor venezuelano Edmundo González como presidente eleito. A informação foi divulgada pelo governo venezuelano nesta segunda-feira (6).
No domingo (5), Peña publicou um texto em uma rede social afirmando que tinha conversado com González e a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, durante uma reunião virtual.
Na publicação, o presidente paraguaio disse que ressaltou a necessidade de que a América do Sul se una para trabalhar pelo respeito da vontade popular e contra regimes autoritários.
“Reafirmei o meu apoio à democracia e à vitória de González como presidente, lembrando que análises internacionais independentes do processo eleitoral e da contagem dos votos confirmaram a sua ampla vitória nas eleições presidenciais de julho passado”, publicou.
Depois da publicação, o governo da Venezuela disse em comunicado que todos os diplomatas paraguaios que estão no país serão expulsos. Na sequência, o Paraguai adotou uma medida semelhante e determinou que todo o corpo diplomático venezuelano, incluindo o embaixador, deixe o solo paraguaio em até 48 horas.
A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.
Além disso, observadores independentes apontaram diversos problemas de falta de transparência durante o processo eleitoral.
No entanto, o órgão eleitoral da Venezuela, que é controlado por apoiadores de Maduro, deu ao atual presidente a vitória. Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.
A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.
O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.
Maduro deve ser empossado para um terceiro mandato no dia 10 de janeiro. Enquanto isso, outros países, incluindo os Estados Unidos, anunciaram que irão reconhecer González como presidente. O opositor está exilado desde setembro. Nos últimos dias, González viajou por países da América, como Estados Unidos, Argentina e Uruguai. Ele chegou a afirmar que irá para Venezuela para ser empossado presidente no próximo dia 10.
Por outro lado, as autoridades venezuelanas emitiram uma ordem de prisão contra González e ofereceram uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem até o opositor. O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.
O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.
Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.
Por Redação Rádio Pampa | 6 de janeiro de 2025
O governo da Venezuela anunciou a ruptura das relações diplomáticas com o Paraguai após o presidente Santiago Peña reafirmar que reconhece o opositor venezuelano Edmundo González como presidente eleito. A informação foi divulgada pelo governo venezuelano nesta segunda-feira (6).
No domingo (5), Peña publicou um texto em uma rede social afirmando que tinha conversado com González e a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, durante uma reunião virtual.
Na publicação, o presidente paraguaio disse que ressaltou a necessidade de que a América do Sul se una para trabalhar pelo respeito da vontade popular e contra regimes autoritários.
“Reafirmei o meu apoio à democracia e à vitória de González como presidente, lembrando que análises internacionais independentes do processo eleitoral e da contagem dos votos confirmaram a sua ampla vitória nas eleições presidenciais de julho passado”, publicou.
Depois da publicação, o governo da Venezuela disse em comunicado que todos os diplomatas paraguaios que estão no país serão expulsos. Na sequência, o Paraguai adotou uma medida semelhante e determinou que todo o corpo diplomático venezuelano, incluindo o embaixador, deixe o solo paraguaio em até 48 horas.
A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não reconhecem os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que dão vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.
Além disso, observadores independentes apontaram diversos problemas de falta de transparência durante o processo eleitoral.
No entanto, o órgão eleitoral da Venezuela, que é controlado por apoiadores de Maduro, deu ao atual presidente a vitória. Os resultados do CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.
A oposição, por sua vez, publicou as atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos para o ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositora que foi impedida de se candidatar.
O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma ata eleitoral.
Maduro deve ser empossado para um terceiro mandato no dia 10 de janeiro. Enquanto isso, outros países, incluindo os Estados Unidos, anunciaram que irão reconhecer González como presidente. O opositor está exilado desde setembro. Nos últimos dias, González viajou por países da América, como Estados Unidos, Argentina e Uruguai. Ele chegou a afirmar que irá para Venezuela para ser empossado presidente no próximo dia 10.
Por outro lado, as autoridades venezuelanas emitiram uma ordem de prisão contra González e ofereceram uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem até o opositor. O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.
O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembro, após ter um mandado de prisão emitido contra ele.
Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Somente depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.