Quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Vice-governador defende “Estado necessário” para atender demandas do Rio Grande do Sul

O vice-governador Gabriel Souza defendeu ontem o projeto que reestrutura cargos e carreiras de servidores do estado como uma necessidade para reter bons profissionais e adequar o estado para o enfrentamento dos desafios gerados pelas recentes enchentes. Segundo Gabriel Souza, que conversou com o colunista após a inauguração da nova Delegacia de Polícia de Tramandaí ontem pela manhã, “há ainda a necessidade de recompor minimamente as perdas salariais de carreiras na área da segurança pública, responsáveis pelos índices mais baixos de criminalidade da história do Rio Grande do Sul: são homens e mulheres que arriscam a própria vida para combater a violência e salvar pessoas, e aguardam uma recomposição salarial há mais de seis anos”.

Vice-governador defende o “estado necessário”

Gabriel Souza comentou alguns debates ideológicos que defendem o estado mínimo, sugerindo que “precisamos do estado necessário para atender as demandas geradas pelos recentes fenômenos climáticos” e previu que os deputados deverão votar, provavelmente em convocação extraordinária, a proposta que está sendo finalizada pelo governo do estado, que vem dialogando com os parlamentares. “Esperamos que os deputados compreendam a necessidade desse projeto”, afirmou o vice-governador.

Cherini: projeto de lei cria Programa Nacional de Limpeza e Desassoreamento dos Rios

O deputado federal Giovani Cherini, presidente do PL gaúcho, apresentou ontem um projeto de lei para combater as enchentes que têm devastado várias regiões, especialmente o Rio Grande do Sul. O “Programa Nacional de Estímulo à Limpeza e Desassoreamento dos Corpos Hídricos Superficiais de Dominialidade da União”, conhecido como Projeto de Lei nº 2889 de 2024, surge em resposta às trágicas enchentes que assolaram o RS nos últimos dois anos, deixando um resultado doloroso de 182 mortes, dezenas de desaparecidos e mais de 600 mil pessoas desalojadas. A calamidade mais recente, ocorrida em maio, afetou 471 dos 497 municípios gaúchos, tornando-se a maior tragédia do Brasil em tempos recentes.

“O momento de agir é agora. Precisamos de um programa permanente e abrangente para evitar novas tragédias e proteger nossas comunidades. Este projeto representa um investimento significativo na segurança e no bem-estar do nosso povo,” afirmou Cherini durante a apresentação.

Hospitais somam R$ 37 milhões em prejuízos com nova tabela do IPE Saúde

Os chamados hospitais de referência, que atendem média e alta complexidade, já contabilizam R$ 37 milhões em prejuízos com novas tabelas do IPE Saúde em abril e maio. O levantamento é da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Rio Grande do Sul (Fehosul) e da Federação RS – Santas Casas e Hospitais sem Fins Lucrativos, e foi apresentado na audiência pública promovida ontem pelas Comissões de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle e de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado da Assembleia Legislativa. Nem o Governo do Estado, nem o IPE Saúde enviaram representantes para a reunião, alegando incompatibilidade de horários. Os hospitais destacam ainda que, além do prejuízo com as tabelas, o IPE Saúde também está represando de forma indevida mais de R$ 140 milhões em faturamento, o que agrava ainda mais o quadro financeiro.

Financiamento especial para atingidos pelas enchentes excluiu Notários e Registradores

Dada a complexidade jurídica dos Tabelionatos, dezenas de serviços de Notários e Registradores do Rio Grande do Sul atingidos severamente pelas enchentes, não conseguiram até agora, enquadramento nos programas especiais de financiamento com novas linhas de crédito subsidiadas pelo Estado anunciados pelas instituições oficiais de fomento para a retomada de setores atingidos pela catástrofe.

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