Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 7 de novembro de 2024
Foi realizado, nesta quinta-feira (7), o X Fórum de Oportunidades da Economia segundo o Plano Rio Grande. O evento ocorreu no auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul e teve como objetivo debater o futuro da economia gaúcha e soluções para o desenvolvimento do Estado.
A abertura oficial do evento foi realizada pelo governador Eduardo Leite, que iniciou as conversas explicando os objetivos do Plano Rio Grande: “Nessa interação aqui, é fundamental que possamos apresentar as ações do Plano Rio Grande, com os recursos sendo aplicados em vários locais atingidos para recuperar estruturas, mas também para torná-las resilientes, ou seja, com capacidade para suportar novos comportamentos extremos do clima.”
Além disso, o governador deixou uma mensagem de otimismo e confiança: “A ciência indica que esses eventos serão cada vez mais frequentes e asseguro que o governo está fazendo uma comunhão de esforços para enfrentar situações como essa. Teremos pela frente um Estado cada vez mais preparado para lidar com essa realidade”, projetou.
O anfitrião do evento, o procurador-geral do Ministério Público, Alexandre Saltz, abordou a importância do Fórum deste ano: “Um evento cheio de simbolismo, pois hoje estamos abrindo nosso auditório, que também foi atingido pelas cheias. É uma honra receber um evento de tamanha importância na nossa reabertura. Agradeço ao Estado e à Rede Pampa por promoverem um debate tão importante e por homenagearem as instituições que desempenharam um papel fundamental durante a tragédia.”, elogiou Saltz.
O diretor da McKinsey & Company, Sérgio Canova Júnior, esteve no evento e comentou sobre a construção do Plano Rio Grande: “É um plano feito por muitas mãos, com mais de 500 pessoas envolvidas. Talvez seja a melhor representação da forma como podemos seguir daqui para frente.” Ele também abordou o baixo crescimento econômico do Estado nas últimas décadas: “O crescimento do Rio Grande do Sul foi muito pequeno nos últimos 20 anos. Hoje, o Estado ocupa a penúltima posição em comparação com o restante do país”, revelou.
O secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, recapitulou os desafios enfrentados nos últimos seis anos: “Organizamos as contas do Estado para que fosse possível viabilizar recursos para investimentos”. Ele também apresentou os pilares e detalhou os passos do Plano Rio Grande “O plano foi desenvolvido em parceria com a consultoria McKinsey, que definiu cinco pontos prioritários: capital humano, inovação, infraestrutura, ambiente de negócios e recursos naturais.”
O diretor-geral da CMPC, Antonio Lacerda, mencionou os investimentos feitos no estado, como a nova unidade da empresa chilena de celulosa em Barra do Ribeiro, transferindo o centro de gravidade da multinacional do Chile para o Rio Grande do Sul. ”Esse projeto não é apenas industrial, ele deve trazer prosperidade para a região e para a população de Barra do Ribeiro. Também nos traz um grande desafio, pois vamos precisar de muita mão de obra. Mas estamos próximos de uma grande cidade e de um estado com capacidade para desenvolver essa mão de obra, de forma que esse projeto não seja só da CMPC, mas também das pessoas e do Estado.” concluiu Lacerda.
O secretário do Turismo do Rio Grande do Sul, Ronaldo Santini, comentou sobre o receio de algumas pessoas em visitar o Rio Grande do Sul: “As pessoas ainda me perguntam se há algum perigo em visitar o Rio Grande do Sul. Eu respondo que sim: existe o perigo de vir, se apaixonar e nunca mais querer ir embora”, brincou. Além disso, Santini ressaltou como a campanha nacional lançada pelo Governo é essencial para que a população de outros estados saiba que o Rio Grande do Sul está reestruturado e pronto para receber os turistas, após a tragédia climática de maio.
A secretária do Meio Ambiente, Marjorie Kauffman, iniciou sua fala destacando que “o Meio Ambiente não é um problema, é uma solução”. Kauffman relembrou como as cheias deste ano foram prejudiciais ao Meio Ambiente do estado e ressaltou como ainda impactam internamente o governo, mesmo após seis meses: “Para algumas pessoas, a tragédia da enchente já passou, mas para quem está no governo do Estado, não. Não tem um dia que nós não tratamos e trabalhamos sobre esse assunto”, revelou.
O CEO da Reiter Log, Vinicius Reiter Pilz, abordou como sua empresa de veículos sustentáveis começou há pouco tempo, mas já é um destaque na área da sustentabilidade: “Começamos com um caminhão e somos a maior frota mundial sustentável – com 300 veículos GNV, o maior consumidor de biometano do país e também em frota elétrica. Agradeço muito aos clientes pela confiança. Não é fácil inovar. É um trabalho árduo. Apoiem as empresas que seguem no RS, com apoio, políticas públicas. Precisamos estar com a cabeça aqui, produzindo no RS”, disse.
A 10ª edição do Fórum também prestou uma homenagem às instituições que trabalharam de forma incansável durante a catástrofe climática no estado. Foram agraciadas: a Polícia Civil, o Exército Brasileiro, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul e a Brigada Militar. O Comandante-geral da Brigada Militar, Cláudio Feoli, destacou os esforços da instituição no período das enchentes e também a honra de receber essa homenagem: “É um dia de debater o futuro econômico do Estado, mas também de homenagear o trabalho realizado durante o período muito difícil que a gente viveu. Ficamos lisonjeados, porque a instituição se desdobrou dentro do possível para atender todas as demandas e isso mostra que a sociedade, as forças de segurança, o Estado, juntos podem qualquer coisa”, concluiu.